Da morte com que na noite me deito
há manhãs em que encontro um paraíso
—aos meus pés o cão-azul,
o único café do dia aos lábios
(programa intensivo de ressurreição),
Johann Ernst Bach nos ouvidos
e um coro de galos que batalham
muito sonoramente.
Há também as moscas a lembrar que isto
aqui é ainda a terra.
Aqui é uma paz em que eu queria
suspender-me para a eternidade
ou então que fosse para já
a eternidade a suspender-se em mim.
4 comentários:
Non sei se pensar en Galafuras minhotas ou que está afectada pola visita papal...
En certo modo é o último, que me obrigou nestas últimas mañás a almorzar con música clásica en vez de con noticias. Loado sexa! A miña alma enxalza o señor (sexa el quen for).
Lindo!
Na paz do Senhor, Anónimo. Mas isso foi ontem. Hoje a eternidade foi à vida e eu também, só por caminhos diferentes.
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