É frio o silêncio em que te espero
na certeza de que não vais vir.
As janelas não deixam entrar o sol
e a lua olha para o rosto que a terra
oculta no mar enquanto inventa estrelas.
As portas não deixam sair o verbo
e o papel olha para a tristeza amarfanhada
dum domingo que não foi para sempre.
É muda esta espera em que arrefeço
na escuridão duma página em branco.
3 comentários:
Em todos os gestos, en todas as palabras... Este não foi o bairro em que crescemos
Ademar Ferreira dos Santos. 31 de dezembro de 2009.
(Já traduzi todos os poemas que ele publicou no Abnóxio, Condado. Não reclames.)
Ya lo imaginaba. No reclamo, no, fue que la tristeza desde la que habla tu poema me hizo recordar el último de Ademar, y yo, con él, también comparto esa impotencia de saber que lo hermoso nos lleve a la tristeza, yo también creo que no fue este el barrio donde nacimos... Era eso más o menos
Enviar um comentário