quinta-feira, 26 de julho de 2012

Verde que te quiero verde











Acorda-me o despertador e quase do único que tenho de vontade é de desliga-lo. Desligo. Uma hora mais tarde acordo. É dia. Está cinzento (os nevoeiros de agosto andam perdidos no calendário). Na rádio a música é a mesma de ontem: réquiem, um réquiem medonho e desafinado. Já na mesa, debruçada sobre a chávena, só tenho vontade de continuar a dormir, ali mesmo, o nariz enfiado nem que seja no arremedo de café que inventei para não me hipertensar (prometi ao meu médico não morrer antes de ele se reformar, haja paciência). Mas afinal, o verde do azeite sobre o pão, trazidos ambos da outra margem do rio conseguem que eu abra os olhos e diga: "Enfim...".

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