sexta-feira, 8 de junho de 2012
Água que não hás-de beber...
O indivíduo aparece embrulhado num cobertor no interior dum contentor de lixo (secção resíduos orgânicos: bem-hajam os assassinos com sentido cívico), muito pálido, sem respiração aparente e com três facadas, nenhuma delas mortal, em lugares diferentes do corpo inerte (uma na coxa da que a artéria femoral não resulta afectada, duas no costado esquerdo que não alcançam órgãos vitais). Certificada a morte do suposto defunto e autopsiado, ele morre definitivamente. Nos papeis diz que foi de excesso de água nos pulmões.
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1 comentário:
Convém acrescentar, aliás, que (soube-se mais tarde) o indivíduo-gajo foi morto, muito pouco voluntariamente, na sanita, o que confere mais sentido (ainda!) ao título destes rabiscos.
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