quarta-feira, 24 de abril de 2013

Locus amoenus











Porque hai días en que o que máis apetece é mandar o choio a cagar de campo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Na hora do chá

Este blogue não está aberto a leitores convidados

Parece que foi convidado para ler este blogue. Se pensa tratar-se de um erro, deverá contactar a autora do blogue e solicitar o desconvite.

sábado, 13 de abril de 2013

Negrume

Já vejo o fim do túnel. Não se vê é luz.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

O retorno, o eterno

Passa-se a ponte no retorno
e nada é como foi na ida
flui o rio tão heráclito
—sabem-o as águas distraídas—
e são outras as nuvens e as cores
(os verdes, os castanhos, os amarelos),
até a cinza da pedra é outra
e maior a sua idade,
menor o seu tempo.
Tique-taque tique-taque
diz o pedalar e a roda vira-vira
nunca igual a si própria
jamais idêntica a diferença nenhuma.

Não me detenho, nada me detém
(a estática é uma postura impossível),
paro na varanda e a marcha continua
comigo dentro, sem mim de fora:
gritei e no lugar do grito já é silêncio.
Fui e no lugar onde fui sou sombra:

nunca regresso.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A máscara do dia

Na noite é mais lúcida a mente
por quanto na escuridão vê-se
o terror olhos nos olhos.

Imergência

Nada aprendi do silêncio
senão a morar nele: mortalha
que dá vida, cova que ampara.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Armas brancas

Tenho um corpo em que a dor madruga
(nem por isso o alento acorda).

domingo, 7 de abril de 2013

Ao inimigo que foge...

E um dia destes tender-me-ei uma ponte, nem que seja de lata. Porque nada há a pior do que ser um o próprio inimigo.

Despedida anunciada

Alterar a estrutura duma pergunta perfeitamente traduzida porque a resposta possa induzir a entender que é gramaticalmente incorrecta e provocar, portanto, que o implacável caça-gralhas bem acomodado na sua poltrona crucifique por isso mil páginas de trabalhinho, chama-se, acho, auto-censura, ou até os mesmíssimos de que careço (e a falta que eles me faziam!).

Mais dois meses e mando tudo às favas, com ou sem um par de.

Mensagem truncada

As palavras escritas, quando não são colocadas por quem sabe, podem induzir a equívocos que só na poesia são arte, e nem isto é poesia nem eu sou poeta.